Tiroteio intenso entre policiais e traficantes no Pavãozinho assusta moradores em Copacabana
Por Camila Peres
Por Camila Peres
A matéria sobre o tiroteio entre policiais e traficantes do Rio de Janeiro, publicada dia 22 de maio, no site do O Globo, colabora ainda mais para amedrontar a população do que qualquer outra coisa. A notícia foi manchete da página.
O título, Tiroteio intenso entre policiais e traficantes no Pavãozinho assusta moradores em Copacabana, sugere que apenas os moradores de Copacabana estão assustados. E os moradores do morro como estão com a situação vivida?
A notícia cumpre o papel de mostrar o fato, porém será que tipo de efeitos manchetes como esta gera nos leitores. A violência estampada nos veículos de comunicação podem gerar um problema para a população do Rio e do restante do país. Parece que virou uma editoria! As pessoas se assustam, ficam trancafiadas, a síndrome do pânico está em alta com tanta violência urbana e com tamanha massificação dos fatos. O jornalismo tem parte nisso!
A ilustração poderia ser melhor, mostra um helicóptero da policia sem foco no céu daquele lugar. Mas é entendível que se tentou mostrar a ação da policia contra os traficantes, o equipamento na ajuda para conter os disparos.
O link no final da matéria é uma proposta interessante, onde o leitor pode também ser repórter, mas neste caso, só irá render a violência em si. O Globo trabalha bem o webjornalismo, traz imagem, canal de comentários, enquetes, porém é necessário mudar o tom quando se trata de violência, é necessário seriedade e fugir do sensacionalismo.
Talvez este site seja o que, no Brasil, melhor promova o webjornalismo, contudo existem ressalvas que devem ser discutidas para que se construa um jornalismo na web capaz de modificar a vida dos cidadãos brasileiros, capaz de lidar com a instantaneidade sem perder o foco em sensacionalismos, em matérias rasas!
Gostei da abordagem principalmente por se tratar de serviços. Uma vez que o jornalismo é uma ferramenta para prestar serviços, é importante que seja o mais imparcial possível e não direcionado. Espero que a futura jornalista e comunicadora continue crítica e mantenha suas posições consistentes, mesmo depois de fazer parte das gestões de notícias. André antunesfn@gmail.com
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