
terça-feira, 9 de junho de 2009
A adaptação ao novo meio dos jornalistas reflete na ética web

Imagens manipuladas

Análise da notícia
Por Camila Peres
A matéria sobre o tiroteio entre policiais e traficantes do Rio de Janeiro, publicada dia 22 de maio, no site do O Globo, colabora ainda mais para amedrontar a população do que qualquer outra coisa. A notícia foi manchete da página.
O título, Tiroteio intenso entre policiais e traficantes no Pavãozinho assusta moradores em Copacabana, sugere que apenas os moradores de Copacabana estão assustados. E os moradores do morro como estão com a situação vivida?
A notícia cumpre o papel de mostrar o fato, porém será que tipo de efeitos manchetes como esta gera nos leitores. A violência estampada nos veículos de comunicação podem gerar um problema para a população do Rio e do restante do país. Parece que virou uma editoria! As pessoas se assustam, ficam trancafiadas, a síndrome do pânico está em alta com tanta violência urbana e com tamanha massificação dos fatos. O jornalismo tem parte nisso!
A ilustração poderia ser melhor, mostra um helicóptero da policia sem foco no céu daquele lugar. Mas é entendível que se tentou mostrar a ação da policia contra os traficantes, o equipamento na ajuda para conter os disparos.
O link no final da matéria é uma proposta interessante, onde o leitor pode também ser repórter, mas neste caso, só irá render a violência em si. O Globo trabalha bem o webjornalismo, traz imagem, canal de comentários, enquetes, porém é necessário mudar o tom quando se trata de violência, é necessário seriedade e fugir do sensacionalismo.
Talvez este site seja o que, no Brasil, melhor promova o webjornalismo, contudo existem ressalvas que devem ser discutidas para que se construa um jornalismo na web capaz de modificar a vida dos cidadãos brasileiros, capaz de lidar com a instantaneidade sem perder o foco em sensacionalismos, em matérias rasas!
Ele faz jornalismo na web
A Internet e seus fenômenos
O YouTube é um website que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital de maneira simples, só basta se cadastrar. Você pode colocar o que quiser na rede. No site, você encontra vídeos de todos os jeitos, aquele velho clipe que você não vê há anos, ou então, os vídeos caseiros, atualmente, os mais acessados. São pessoas comuns que colocam coisas simples do dia-a-dia, como um caso de um bebê rasgando um papel e rindo à toa virou mais um

Infelizmente, muitas pessoas têm feito o mau uso dela, não apenas no que diz respeito aos vídeos, mas, também, em manipulação de informação, imagem, dentre outros. Reza a lenda que tudo que entra na Internet nunca mais sai. E de fato, isso é verdade. Então esse é o problema que muitos enfrentam ao ter suas vidas vasculhadas. Como exemplo, podemos citar o caso da modelo Daniela Cicarelli. Filmada em cenas apimentadas com seu então namorado numa praia na Espanha, ela viu seu vídeo virar febre na Internet. Procurou a justiça e conseguiu uma ordem para que ele fosse retirado do youtube. Dois anos depois, lá estão às imagens, caso alguém ainda se dê o trabalho de procurá-las. Não sabemos quem está certo ou errado, se é a modelo que no momento de “descontração” ou “despreocupação” vê sua intimidade numa praia (não deserta) ser divulgada para o Brasil e o mundo, ou, o paparazzo que aproveita a deixa e publica as cenas por maldade ou por dinheiro. Não se sabe ao certo.
Ainda não há na lei brasileira uma pena específica que pune os crimes reais, imagine as virtuais. De acordo com Código Penal, de 1940, no crime contra a honra diz respeito à alguém que xinga, difama ou calunia outro alguém, pessoalmente, por carta ou por meio de um veículo de comunicação. No mundo virtual é a mesma coisa – com diferença de que a repercussão é muito maior, mas para reparar os danos são mais complicados.
Pensem duas vezes antes de serem fotografados, e repensem ainda mais ao serem filmados por seus colegas, porque, hoje em dia uma coisa banal que você faça pode virar uma febre e você se torne uma celebridade instantânea na Internet. O Orkut, YouTube, Twitter, MySpace, estão ai, e estamos aguardando quais novos programas transformarão anônimos em celebridades, e celebridades com dores de cabeça.
Folha - Cotas de passagens aéreas
É objetiva, até curta por sinal, mas tem razão ser. Como se trata de uma tema “agendado”: cotas de passagens aéreas na Câmara, é mais um capítulo do assunto. Outras matérias já publicadas no site já abordavam o tema com mais profundidade e aparecem disponibilizadas nos links.
Os comentários dos leitores mostram que o canal de relacionamento entre o veículo e seu público está aberto, os posicionamentos enriquecem, complementam a notícia. Contudo, existem, claro, os que não somam em nada. Mas, só o fato de ter essa ferramenta de interação já contribui com o webjornalismo.
A presença de dois hiperlinks ajudam na compreensão. Quem quiser se aprofundar clica e tem acesso a matérias relacionadas.
É uma pena que no lugar de uma imagem relacionada ao tema, apareça um quadro publicitário. O fato de não ter foto empobrece a notícia. Porque a imagem traz significado ao texto, complementa o que a notícia diz é um signo importantíssimo que deve ter espaço também na
Ética na prática

De São Paulo
(...) É neste último tipo de estratégia que morou o perigo no ano passado. A maioria dos long/short - e muitos fundos mutimercados macro também - usava o índice futuro para proteger a carteira. Acontece que o índice despirocou por conta da forte alta de dois papéis, Petrobras e Vale, que têm forte peso no indicador. Mas o restante das ações, especialmente as de segunda linha, ficaram para trás. Basta observar que, nos 12 meses encerrados em janeiro, o Índice Bovespa subiu 33,26% - de carona na alta de 76,86% de Petrobras e de 51,79% de Vale -, enquanto o Índice Valor de pequenas e médias empresas subiu modestos 9,89%. Criou-se, assim, o pior dos mundos para os long/short: perdas com a carteira comprada e perdas com a alta do índice futuro na vendida. (...)
